“Meu partido é um coração
partido/e as ilusões estão todas perdidas”, assim cantava o poeta Cazuza, e
essa canção nos faz lembrar a ilusão e queda do movimento escola sem partido,
transformado em projeto de lei pelos irmãos Bolsonaro filhos do presidente
eleito. Também conhecida como lei da mordaça, a pretendida escola que jamais
vai existir, tenta limitar a liberdade de pensamento e a discussão sobre gênero
nas instituições, além de trazer no seu bojo claros interesses de criar uma
escola “com partido”, desde que não seja algo que privilegie a possibilidade de
todos poderem refletir sobre o contexto social em que vivem e as diferentes
correntes políticas que ali atuam.
Além de ferir a
Constituição Federal o que sustentava o movimento era tão descabido quanto
achar que vai chover notas de cem reais, pois fala de uma doutrinação que até o
presente momento não foi identificada, e que qualquer estudante que tenha o
mínimo de capacidade percebe claramente se um professor está apenas dispondo ou
impondo um conteúdo, diferente dos que propunham a lei, os jovens tem acesso
hoje ao mundo de informações da internet, e podem claramente lá buscar mais
elementos para as discussões que são travadas em sala de aula, a lei da mordaça
caiu, e a nível Nacional pela ausência de quem defendia ela, acredito que
durante a campanha presidencial leram mais sobre o tema.
Para felicidade geral de
quem defende a liberdade de pensamento, também em Pernambuco essa ideia foi
para a gaveta, aqui era defendida pelo pastor Cleiton Collins (PP), arquivada
no último dia 12 de dezembro só volta se o pastor propor essa trabalheira
desnecessária novamente ou outro que tenha uma ideia baseada nesse absurdo.
Viva Pernambuco, viva o Brasil. Cazuza canta no final da poesia já citada “meus
inimigos estão no poder/ideologia, eu quero uma para viver! Contra os inimigos
da democracia seremos cada vez mais fortes. No mais fica o dito para ser
reescrito e ponto final.
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