Quem avisa amigo é, e um
aviso dado pelo professor Leandro Karnal deveria ser levado em conta
principalmente nos tempos que estamos vivendo, disse ele “a velhice de
quem não lê é muito solitária”, ler é um ato de prazer e de deleite,
quando feito da maneira correta é claro, que entendo ser de maneira espontânea
e não por aquilo que alguns “mestres” da literatura ou da pedagogia chamam de
leitura obrigatória, eu particularmente, não conheço ninguém que fez algo
obrigado e se sentiu satisfeito em fazer, por falar nisso, a leitura com prazer
ela gera uma insatisfação, ou seja, existem livros que ficamos lendo mais
vagarosamente pois não queremos chegar ao final de tão gostosa que é a viagem.
Viajamos sem gastar dinheiro, nos
transportamos para outras cidades, Estados, países, e nesse mergulho vamos
construindo um novo mundo interior, a partir do qual melhoramos nossos valores
e a nossa capacidade de convivência, o contrário pode acontecer também, mas não
estamos aqui nesse momento para falar dos imbecis da História, que
transformaram literatura em ideologia totalitarista, estamos como nos lembra o
Rubem Alves falando de um jardim que cuidamos a fim de termos uma visão mais
horizontal do nosso contexto, não é apenas para ter uma linguagem mais refinada
e escrever melhor, isso fica para as aulas de gramática, é para saborear as
letras como se saboreia o prato preferido, aquele que começamos a salivar só em
pensar nele.
Livros são excelentes companhias
para todos os dias da nossa vida, certa feita, uma companheira de profissão me
confessou que desejava muito ler um clássico da literatura mundial, mas o mesmo
tinha mais de quinhentas páginas e ela me dizia que não sabia por onde começar,
lhe recomendei que começasse pela primeira página e que o resto a obra faria,
assim ela fez e trinta dias depois falávamos sobre a obra.
O baixo volume de leitura dos brasileiros é um problema que nos persegue faz muito tempo, se você caro amigo ou amiga leitora conseguiu chegar até aqui, você está dentro de um grupo de privilegiados que conseguiram vencer a sociedade da cegueira em redes sociais, em tempo de pandemia, quem não lê, adoece muito mais. No mais fica o dito para ser reescrito e ponto final.
