quarta-feira, 27 de maio de 2020

PONTO E VÍRGULA DA POLÍTICA

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PONTO DE DECISÃO

Por Diego Souza

Aproximando-nos da peneira democrática, o cenário político toritamense ainda permanece nebuloso. Não bastasse a já árdua tarefa de unir um grupo coeso de oposição para o enfrentamento da administração municipal, personificada na figura do atual prefeito Edilson Tavares (MDB), nasce um novo complicador, a pandemia do coronavírus (COVID-19), que além de refletir diretamente na vida de cada cidadão, joga um balde de água fria na já minguada fogueira política da Capital do Jeans em 2020.

Toritama sempre foi uma cidade que vivia e respirava política 24 (vinte e quatro) horas por dia, onde o debate e a participação popular eram muito acalorados, e por isso sempre foi palco de pleitos acirrados, ao menos do ponto de vista de debate político popular.

Entretanto neste ano o cenário é atípico, pois o interesse do eleitor na política partidária não mantém o mesmo vigor de antes, muito disso devido ao histórico político recente que não foi tão frutífero do ponto de vista gerencial e, segundo alguns, também do ponto de vista moral, e de outro lado, em razão da mão pesada no uso da receita da “nova política”, a qual tão logo confrontada pela opinião popular e pela globalização da informação através das diversas redes sociais, mostra-se cada vez menos nova. Estes são os fatores básicos que vêm irrigando o campo fértil da descrença e indiferença de muitos na participação político-partidária.

O desafio é cada vez maior, e tempo é um luxo que a oposição não tem!

O cenário político toritamense chega em um ponto de decisão que demanda das oposições (Arimatea – PSD, Adgelson Chagas – Cidadania, e Irenilda Tavares - PTC) a necessidade de abertura urgente de um canal de diálogo e pacificação, com convergência de idéias no sentido de desenhar um projeto de governo unificado e que seja capaz de convencer a população, e mais que isso, de apresentar o personagem que liderará esta nau até então desgovernada às margens da praia onde já encontra-se montada a estrutura de batalha situacionista.

A realidade ofusca, resta saber se a opção das oposições será pela cegueira total, na tentativa vã de encarar diretamente o farol na espera que por milagre o facho de luz se desvie, ou aceitar as limitações fisiológicas e valer-se da luz do farol para buscar um caminho alternativo enquanto há tempo.

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