PONTO
DE DECISÃO
Por Diego Souza
Aproximando-nos da peneira
democrática, o cenário político toritamense ainda permanece nebuloso. Não
bastasse a já árdua tarefa de unir um grupo coeso de oposição para o
enfrentamento da administração municipal, personificada na figura do atual
prefeito Edilson Tavares (MDB), nasce um novo complicador, a pandemia do
coronavírus (COVID-19), que além de refletir diretamente na vida de cada
cidadão, joga um balde de água fria na já minguada fogueira política da Capital
do Jeans em 2020.
Toritama sempre foi uma
cidade que vivia e respirava política 24 (vinte e quatro) horas por dia, onde o
debate e a participação popular eram muito acalorados, e por isso sempre foi
palco de pleitos acirrados, ao menos do ponto de vista de debate político
popular.
Entretanto neste ano o
cenário é atípico, pois o interesse do eleitor na política partidária não
mantém o mesmo vigor de antes, muito disso devido ao histórico político recente
que não foi tão frutífero do ponto de vista gerencial e, segundo alguns, também
do ponto de vista moral, e de outro lado, em razão da mão pesada no uso da
receita da “nova política”, a qual tão logo confrontada pela opinião popular e
pela globalização da informação através das diversas redes sociais, mostra-se
cada vez menos nova. Estes são os fatores básicos que vêm irrigando o campo
fértil da descrença e indiferença de muitos na participação
político-partidária.
O desafio é cada vez
maior, e tempo é um luxo que a oposição não tem!
O cenário político
toritamense chega em um ponto de decisão que demanda das oposições (Arimatea –
PSD, Adgelson Chagas – Cidadania, e Irenilda Tavares - PTC) a necessidade de
abertura urgente de um canal de diálogo e pacificação, com convergência de
idéias no sentido de desenhar um projeto de governo unificado e que seja capaz
de convencer a população, e mais que isso, de apresentar o personagem que
liderará esta nau até então desgovernada às margens da praia onde já
encontra-se montada a estrutura de batalha situacionista.
A realidade ofusca, resta
saber se a opção das oposições será pela cegueira total, na tentativa vã de
encarar diretamente o farol na espera que por milagre o facho de luz se desvie,
ou aceitar as limitações fisiológicas e valer-se da luz do farol para buscar um
caminho alternativo enquanto há tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário