Nos últimos dois meses, o
Governo de Pernambuco vem realizando uma série de reuniões com representantes
de vários setores produtivos para estabelecer os parâmetros de um plano de
convivência das atividades econômicas com a pandemia da Covid-19. O estudo foi
conduzido pelas secretarias de Desenvolvimento Econômico, Planejamento e
Gestão, da Fazenda, do Trabalho e Qualificação e de Desenvolvimento Urbano. O
estudo prevê uma retomada gradativa, respeitando as orientações sanitárias e
com um período de 11 semanas para ser totalmente posto em prática.
A data de início da
estratégia dependerá de um conjunto de indicadores definidos pelas autoridades
sanitárias e científicas que fazem parte do Gabinete de Enfrentamento ao Novo
Coronavírus, do governo estadual. O plano também inclui a análise da quantidade
de trabalhadores por setor e de que maneira o retorno de cada atividade
influenciará em pontos complementares, como o transporte público. A ideia é que
os setores adotem horários diferentes de expediente para não saturar o sistema
nos horários de pico.
“Sem vacina ou medicamento
comprovadamente eficaz contra o novo coronavírus, todos teremos que conviver
com a doença. Nosso plano pesa quais atividades têm menos impacto nas curvas de
contaminação e a relevância econômica de cada setor para definir o cronograma
de liberação”, detalhou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno
Schwambach.
A epidemia da Covid-19
atingiu de maneira direta a economia mundial, e no Brasil não foi diferente. A
estimativa da Secretaria da Fazenda é de que a paralisação das atividades
econômicas, por conta das medidas de isolamento social, tenha um reflexo
negativo na arrecadação da ordem de 20%, no comparativo com 2019. “A ajuda aos
Estados, sancionada nesta quinta-feira pelo Governo Federal, é insuficiente
para repor as perdas impostas pela epidemia do novo coronavírus”, destacou o
secretário da Fazenda, Décio Padilha.
Foto: Heudes Regis/SEI
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