quarta-feira, 14 de outubro de 2020

ANALFABETO SIM, IDIOTA NÃO!

Share it Please


 Quinze de novembro de 1889, o Brasil deixa o Império para trás e passa a ser uma República, um golpe retirava do trono o nosso último imperador, Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Bourbon ou simplesmente D. Pedro II, no entanto, o país continuava com sua produção ancorada na agricultura, as diferenças de classe estabelecidas durante o império foram acentuadas principalmente a partir da assinatura da lei Áurea e a política atendia aos aristocratas e não ao povo, na verdade, o povo aparece pouco nas grandes decisões que marcaram esse país.



No próximo 15 de novembro do ano em curso, novamente a República dará a oportunidade dos brasileiros irem as urnas, coisa que no final do século XIX e início do XX não era para todos, e hoje no nosso país democrático, iremos escolher os nossos prefeitos e vereadores, portanto o nosso ou nossa chefe do executivo e os tutores da criação das leis que nos regem através do terceiro poder o judiciário, no início do Brasil republicano tínhamos muitas cidades com péssimas condições de infra estrutura, desigualdades sociais acentuadas e muitas dúvidas sobre o futuro da nação, e hoje, como estamos?

Embora a resposta não seja simples, qualquer cidadão simples pode responder, temos os mesmos problemas do início com outros que se somaram, pois naquele tempo, tínhamos a maioria da nossa população constituída de analfabetos, a concentração fundiária era pior que hoje e nossa política internacional era desastrosa. Hoje temos milhões de analfabetos ainda, mas nada que chegue perto do que era no início da República, temos o direito conquistado em 1988 pela nossa atual constituição de analfabetos votarem, mas, o pior analfabeto nesse aspecto não é o analfabeto que não sabe ler, é o analfabeto político, e quem é esse?


Esse é aquele ou aquela que acha que política não é da sua conta, quem diz por exemplo, odeio política, claro, boa parte de quem diz isso não diz por raiva propriamente a política, mas a politicalha, que diminui o que é nobre para quase nada, o analfabeto político é aquele que se deixa levar pelas emoções ou pela venda de seu valor, portanto, se no final do século XIX o povo não participou da instauração da República no Brasil que encarem as eleições de 2020 como uma possibilidade de acentuar o seu papel de cidadão e cidadã de um país que tem dimensões continentais mas que em alguns casos nega a presença de boa parte dos seus filhos. No mais fica o dito para ser reescrito e ponto final.

Nenhum comentário:

Postar um comentário