quarta-feira, 3 de junho de 2020

ARTIGO: COMO MORREM AS DEMOCRACIAS

Share it Please
Desde o ano de 2016, com o golpe de Estado institucionalizado, retirando do poder a primeira mulher legitimamente eleita presidente do Brasil Dilma Rousseff. A nossa jovem democracia vem sofrendo ameaças. Estas ameaças se intensificaram em 2018 com a eleição do candidato conservador reacionário de extrema direita Jair Bolsonaro para presidente da República. Bolsonaro foi eleito de forma democrática, mas não tem nenhum apreço pela democracia nem pelas instituições.

 Virou rotina os atos antidemocráticos orquestrados semanalmente pelos seus seguidores, atos apoiados  por ele que em nenhum momento despersa às aglomerações. Pelo contrário vai ao encontro delas, desobedecendo o que recomenda a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o próprio ministério da saúde do seu governo. Nestes atos são observados o desrespeito e o pedido do fechamento do Congresso Nacional, e do STF (Supremo Tribunal Federal) como também a volta da ditadura militar.  Numa democracia os poderes e  instituições constituídas democraticamente se respeitam. Nessas manifestações estamos vendo o contrário. Militantes  empunhando bandeiras de outros países e agredindo jornalistas se tornou um novo “normal". Porém nada foi tão repugnante como às manifestações escancaradamente fascistas e neonazistas com apelos a Ku Klux Klan, que ocorreram na praça dos três poderes em Brasília, no último fim de semana. Bolsonaro e seus apoiadores  já não tem mais vergonha de demonstrar as suas intolerâncias e o seus fetiches pelo autoritarismo. Eles de fato odeiam a democracia e pretendem instaurar uma desprezível e violenta ditadura. Assim como fez Adolf Hitler que foi eleito com voto popular na Alemanha e logo após não hesitou em destruir a progressista e democrática constituição daquele país. Instaurando com apoio dos seus fanáticos como também de toda uma sociedade alemã o Nazismo; que foi o  pior regime totalitário do mundo pela experiência de controle industrial da morte, como também pela forma cruel e devastadora de extermínio as minorias. Guardada as devidas proporções, aqui no Brasil o ovo da serpente foi chocado nas eleições de 2018 produzindo um ambiente hostil, de ódio, intolerância, preconceitos e violência, principalmente com as minorias excluídas. Ao que parece este ovo (fascismo) está prestes a eclodir.

 É preciso muito mais que notas de repúdio. Se faz necessário o enfrentamento direto, resistência e luta. Nossa democracia nunca esteve tão ameaçada e correndo tanto perigo como agora. Portanto se ficarmos neutros diante dos que odeiam e desprezam a liberdade democrática, automaticamente estamos escolhendo o lado do opressor.

Jaylma Marry

Nenhum comentário:

Postar um comentário