Apenas 22 dias se passaram
desde que Jair Bolsonaro vestiu a faixa verde e amarela. Nesse período, nem uma
pauta positiva. O presidente eleito "contra tudo que está aí" acumula
crises, vexames e incertezas. Não chega a ser surpresa, mas é decepcionante.
Nem o mais pessimista
opositor imaginaria um início tão desastroso. Não bastasse o aumento medíocre
do salário mínimo, o bate cabeça entre os ministros, as polêmicas completamente
idiotas levantadas pela Ministra Damares, a sinalização do apoio a Rodrigo Maia
pelo PSL e os deputados do partido entusiasmados com o socialismo chinês, agora
vem à tona o mar de lama de Flávio Bolsonaro.
A Rede Globo, o Estadão, a
Folha de São Paulo, a VEJA, Isto é, e demais veículos que quase monopolizam as
comunicações no Brasil tem um poder que Bolsonaro parece ter subestimado. Seu eleitor
já dá mostras do quão frágil era seu apoio. Bolsonaro usou de um discurso de
honestidade misturado com preceitos religiosos que é um verdadeiro Castelo de
cristal. Basta uma pedrinha de brita para abatê-lo, mas o que vem por aí parece
ser uma avalanche.
Assessores fantasmas,
enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha caem no
colo do filho. Envolvimento com milícias e o assassinato de Marielle batem à
porta do pai. Não há cortina de fumaça que abafe o que pode ser a maior crise
política a envolver um Presidente da República na história. Não é brincadeira,
é o crime organizado.
Resta saber se haverá o
sacrifício de um filho para blindar o pai. A situação de Flávio Bolsonaro já é
insustentável. Ele já foi abandonado pelo eleitor do pai e pelas estruturas
auxiliares, como o MBL.
Se isso chegar a Jair
Bolsonaro de forma direta, teremos o incidente mais grave da história do
Brasil. E tudo isso em 22 dias. Vale lembrar que o Congresso sequer tomou
posse. Não há torcida a favor que salve Bolsonaro de um jornalismo
investigativo de qualidade e com sede de justiça.
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