O mundo pós-pandemia não
será um novo éden, nem será também um admirável mundo novo onde as pessoas
serão mais justas e felizes do que antes, não cabe a ciência História estar
fazendo jogos de adivinhação, mas com vistas aos fatos que veem ocorrendo é possível
prospectar algumas coisas, dentre elas inegavelmente o impacto na saúde mental
das pessoas, que confinadas nesse momento (para quem respeita o isolamento
claro), fizeram vários questionamentos aos seus comportamentos antes do vírus,
em relação a sua sociabilidade, a sua capacidade de ver além do próprio umbigo,
também despontará novos comportamentos que iriam demorar mais um pouco a chegar
e que foram fortemente acelerados nesse momento, ou seja, uso de novas
tecnologias nos mais diferente serviços.
Fazer uma análise mais
atenciosa do momento que passamos é uma questão existencial, pois pede uma
coisa que Sócrates cobrava no século IV antes de Cristo, isto é, conhecer a si
mesmo como exercício de viagem para o interior, cuidando mais da própria vida
do que da vida dos outros, a tecnologia tende a se tornar regra de
sobrevivência, portanto não caberá mais não levar em conta os milhões de
analfabetos digitais no Brasil, será necessária uma força tarefa para que a
relação com as máquinas seja entendida como processo de inclusão social.
Na economia uma verdadeira
catástrofe, e em países que tem presidentes conservadores a tendência é a coisa
ficar muito pior, pois o momento pede integração com vistas a uma recuperação
mundial. E o polo de confecções do qual fazemos parte, nunca mais voltará a ser
o que era antes, principalmente por conta do crescimento do comércio virtual e
da segurança em relação a compradores que não precisam se apertar em meio a
milhares de outros clientes para adquirir o que precisam. Muitos sairão muito
mais humanos do que eram antes por terem entendido que não passam de um ser
humano como outros bilhões de seres humanos, outros sairão piores do que já
eram, pois defendiam o modo desumano de agir, e não deu tempo mudar em tão
pouco tempo. No mais fica o dito para ser reescrito e ponto final.
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