No início da década de 60,
do século passado, a simpática Rua 13, além de algumas oficinas mecânicas, como
as de Mandarim; de Seu Brás Frutuoso e a de Seu Dão Galdino, foi palco, ali na
altura do Bradesco, de disputadíssimos jogos-de-bola-de-meia. E, foi também,
palco da primeira encenação circense da nossa pequena e amada cidade de Santa
Cruz. Espetáculo, que não foi apresentado no meio da rua e sim, no interior da
residência de Seu Zézinho Barbosa, à época, Fiscal do Governo, e que teve o
saudoso Bó (Tonho Feitosa), como locutor; Feitosa, seu irmão, como trapezista;
Demir Motor, crooner de Elvis Presley; Jonaci Moura, como mágico e Tonho de Seu
Zézinho Barbosa, como o "artista" principal: o palhaço. É fato, que
Borborema e Garrafinha, em épocas e circos (de verdade) diferentes, encantaram
a minha geração, porém, nenhum deles ou qualquer outro qualquer, conseguiu fascinar
(e assustar), um grupo de crianças, como fez Tonho de Seu Zézinho, com uma
tocha, que chamávamos facho, incandescente nas mãos e a boca (soubemos depois),
cheia de querosene, cuspiu fogo em nossa direção. Aí, foi menino correndo e
gritando feito doidos e para desespero de Dona Alice, a porta "da casa de
trás", estava fechada no que, aos berros, Zé de Lucila; Inacinho Motor;
Aristides Rocha; Dodô Cabral e eu, voamos pelo estreito corredor, derrubando
cadeiras e tamboretes, em direção à "porta da frente", única salvação
da meninada.
De vez em quando, ao
lembrar-me desse episódio, ainda sinto no cangote, o calor do fogo que saía da
boca de Tonho!
Infelizmente, hoje, com um
nó doendo na garganta e lágrimas teimosas e contidas nos olhos, ví ão longe,
meu Primeiro Palhaço partir para a eternidade!
Em nome dos "artistas
e do pequeno grande público”!
Saudades!
TEXTO DO VEREADOR ZE
MINHOCA. SOBRE MEU PAI. Agradeço em nome da minha família essa linda homenagem.
PAUDINHA
BARBOSA
saudoso meu pai.
ResponderExcluirAmor da minha vida...
ResponderExcluirSaudade eterna
Estará sempre em nossos corações.