sábado, 20 de julho de 2019

ADEUS AO MEU PRIMEIRO PALHAÇO!

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No início da década de 60, do século passado, a simpática Rua 13, além de algumas oficinas mecânicas, como as de Mandarim; de Seu Brás Frutuoso e a de Seu Dão Galdino, foi palco, ali na altura do Bradesco, de disputadíssimos jogos-de-bola-de-meia. E, foi também, palco da primeira encenação circense da nossa pequena e amada cidade de Santa Cruz. Espetáculo, que não foi apresentado no meio da rua e sim, no interior da residência de Seu Zézinho Barbosa, à época, Fiscal do Governo, e que teve o saudoso Bó (Tonho Feitosa), como locutor; Feitosa, seu irmão, como trapezista; Demir Motor, crooner de Elvis Presley; Jonaci Moura, como mágico e Tonho de Seu Zézinho Barbosa, como o "artista" principal: o palhaço. É fato, que Borborema e Garrafinha, em épocas e circos (de verdade) diferentes, encantaram a minha geração, porém, nenhum deles ou qualquer outro qualquer, conseguiu fascinar (e assustar), um grupo de crianças, como fez Tonho de Seu Zézinho, com uma tocha, que chamávamos facho, incandescente nas mãos e a boca (soubemos depois), cheia de querosene, cuspiu fogo em nossa direção. Aí, foi menino correndo e gritando feito doidos e para desespero de Dona Alice, a porta "da casa de trás", estava fechada no que, aos berros, Zé de Lucila; Inacinho Motor; Aristides Rocha; Dodô Cabral e eu, voamos pelo estreito corredor, derrubando cadeiras e tamboretes, em direção à "porta da frente", única salvação da meninada.

De vez em quando, ao lembrar-me desse episódio, ainda sinto no cangote, o calor do fogo que saía da boca de Tonho!

Infelizmente, hoje, com um nó doendo na garganta e lágrimas teimosas e contidas nos olhos, ví ão longe, meu Primeiro Palhaço partir para a eternidade!

Em nome dos "artistas e do pequeno grande público”!

Saudades!

TEXTO DO VEREADOR ZE MINHOCA. SOBRE MEU PAI. Agradeço em nome da minha família essa linda homenagem.

PAUDINHA BARBOSA

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