sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

ASFALTAR É MORRER!

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Recordar é viver! Está aí um dito popular que faz mais do que sentido, recordar é trazer de volta ao coração aquilo que se foi e que trazemos novamente a lembrança. Assim poderá ser a nossa expressão em pouco tempo, caso a consciência dos governantes e do povo de Santa Cruz do Capibaribe não acorde.
        Estamos prestes a ver um dos maiores crimes históricos da nossa cidade, um manto negro se aproxima de um dos poucos cantinhos que sobraram de lembrança em relação ao nosso passado, patrimônio em nossa terra nunca foi coisa que se levasse muito em conta, a atual secretaria de Educação está construída sobre uma lembrança que foi destruída, as casas da Avenida Padre Zuzinha que deveriam ser tombadas estão tombando frente ao modernismo comercial, os prédios públicos da Avenida 29 de dezembro tem seu formato original jogado no lixo a cada dia que passa.
              Mas enquanto temos patrimônio histórico temos esperança, o asfaltamento da Avenida Padre Zuzinha, pode transformar a Rua Grande naquilo que vamos lembrar vagamente daqui algum tempo, inegavelmente uma urbanização de qualidade é o que mais se espera principalmente em uma cidade de grande porte como Santa Cruz do Capibaribe, porém isso não precisa ser feito destruindo o que sobra da nossa curta memória histórica do município, por sorte, o prefeito Edson Vieira se mostra aberto ao dialogo para compreender o que solicitam aqueles que defendem o asfaltamento e os que defendem a permanência da memória da cidade, não se defende um calçamento, mas sim o direito de continuar a chamar esta cidade de Terra das Grandes Gameleiras, pois o manto negro, caso seja derramado sobre a Padre Zuzinha levará consigo o resto do que sobrou.
              Se o grande intuito é para que aquela avenida seja uma área de lazer, será um lazer carregado de tristeza em perceber que caminhamos por cima dos escombros da nossa História, que ainda pode ser salva, só depende do povo que ama verdadeiramente o chão onde a Vida da Capital das Confecções nasceu. No mais fica o tido para ser reescrito e ponto final. 

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