No
último domingo (8), o Museu da Sulanca recebeu a visita da senhora Petronila
Senhorinha dos Santos, 94 anos (foto). Conhecida popularmente por ‘Dona
Petinha’, ela é uma das mulheres que deram origem às feiras de confecções em
Santa Cruz do Capibaribe, na década de 60.
Dona
de sorriso fácil, Dona Petinha é a costureira mais antiga do município e a
única representante viva do grupo de que criou a antiga “Feira da Sulanca”. Na
exposição, ela conferiu fotos, esculturas e depoimentos (incluindo o dela mesma)
de personalidades que contam a evolução das feiras de rua até a transferência
para o Moda Center Santa Cruz.
“Tenho
muita esperança que as feiras sejam ainda maiores e melhores com o passar dos
anos. Hoje, já é muito melhor do que no meu tempo, imagina mais na frente”,
disse.
Um pouco de sua história
Nascida
no município de Brejo da Madre de Deus, Dona Petinha é mãe de oito filhos e
teve uma infância difícil. Para ajudar no sustento de sua família, trabalhou
por anos no cultivo de feijão, milho e algodão. Já adulta, começou a costurar
colchas de retalhos e outras peças de roupas a partir de tecidos fornecidos na
época pelo empresário Fernando Silvestre, popularmente conhecido por “Noronha”.
“Foi
a pessoa que mais ajudou a mim e aos meus filhos. Só tenho gratidão a ele. Foi
ele quem me trouxe para cá, comprou máquinas para nós e só ele quem fez tudo
isso por mim”, destacou.
Sua
primeira feira - Segundo ela, foi já no final dos anos
1960, em uma calçada no antigo ‘Beco de Zé Feitosa’, local próximo ao que hoje
é a Rua Dr. Silvio Monteiro, no Centro. Dona Petinha seguiu acompanhando as
transformações ocorridas na feira através do comercio de artigos de vestuário,
atividade que deixou há apenas dois anos. Atualmente, o ponto comercial em que
ela realizava vendas, no Calçadão Miguel Arraes de Alencar, é administrado por
uma das filhas.
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