O início da temporada no
futebol parece com os períodos entre as eleições. Os clubes refletem sobre os
nomes que devem manter no elenco, o tipo de preparação e, é claro, os objetivos
para a temporada. Existem aqueles times que sempre disputam títulos, os que
lutam para permanecer na primeira divisão, aqueles que buscam acesso de
divisões inferiores e os que apenas tentam sobreviver. Surpresas acontecem, mas
são surpresa apenas para quem acompanha à distância, quem se prepara bem não se
surpreende com bons resultados.
Santa Cruz do Capibaribe
tem dois "clubes grandes". Como no clássico Grenal, no Rio Grande do
Sul, um veste azul, outro vermelho. Na nossa cidade essa rivalidade é
histórica, as torcidas são grandes e fanáticas. Para tentar furar a hegemonia
dos dois é preciso mais que boa vontade. Grandes jogadores, grandes dirigentes,
muita preparação e firmeza são necessários e talvez não seja suficiente. Para
um campeonato apenas, inclusive, é provável que não seja.
Porém, um projeto a longo
prazo pode fazer com que tenhamos três times grandes. Para isso precisa de
"torcida". Grande, orgulhosa e convicta.
O desafio de Allan
Carneiro, que é o grande expoente dessa construção, é convencer jogadores com
mais história que ele do projeto. Atrair o torcedor que não se sente mais
representado pelos seus times. Mas também convencer a opinião pública que o
sonho é possível.
Para a cidade é muito bom
que se construa uma alternativa, isso enriquece o futebol, digo, a política. A
nova geração da política de Santa Cruz precisa ser nova nas idéias mais que nos
nomes, para que, independente de resultados imediatos, o debate político
melhore e isso faça nosso povo entender que merece atuações melhores.
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