quarta-feira, 11 de agosto de 2021

ILUSÕES PANDÊMICAS

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A pandemia trouxe novos hábitos para os habitantes desse planeta ínfimo chamado Terra, desde que a natureza ordenou que todos ficassem em casa que as cortinas de uma nova peça teatral se abriram. Antes de mais nada, os mais atentos, puderam perceber que não existe super-homens ou mulheres com superpoderes, mas sim, humanos que no menor descuido em relação ao vírus mortal, ou eram colocados em uma quarentena mais dura nos hospitais ou em alguns casos nem tempo para isso tiveram, ou tem. É bom lembrar que não estamos fora da pandemia ainda, temos novas variantes do vírus, o que não variou muito foram mentes incautas que ainda insistem em não tomar a vacina, motivo pelo qual os EUA nesse momento têm registrado grande número de mortes.

Por outro lado, novas formas de trabalhar de casa foram colocadas efetivamente no cotidiano de muitas pessoas mundo afora, fazendo com que houvesse um processo de acolhimento dessa nova prática. O que contribuiu de maneira muito significativa inclusive para a continuidade das aulas em escolas e demais centros de ensino por meio de aulas on-line, que além de ajudar para que todo o processo não fosse estancado, ajudou a visualizar o grande abismo existente entre estudantes oriundos de escolas particulares e escolas públicas, no caso brasileiro especificamente.

Muito se fala do mundo pós pandemia como se um novo mundo estivesse sendo desvendado. Já percebemos claramente que o novo mundo é apenas uma cópia do anterior, retirando daí, claro, mais de quatro milhões de mortos e acrescentado a dor lancinante dos familiares que em alguns casos não puderam se quer dar o último adeus aos seus entes queridos.

Um utensílio nesse momento de dor contribuiu para outros fins que não apenas o sanitário: o uso de máscaras não mascarou os canalhas que contribuíram para que mais mortes fossem levadas a cabo, no entanto, imagine todos os políticos sem máscaras, todos os administradores de empresas sem máscaras, todos os líderes religiosos sem máscaras. Seria um mundo muito difícil de olhar, pois boa parte desses quando tiram suas máscaras, aquelas que estão relacionadas diretamente a personalidade, mostram um lado podre que não se quer mostrar. Que seria doloroso seria, mas teríamos menos ilusões em torno de figuras messiânicas que, na verdade, carregam o mal em si, um vírus também mortal alimentado por ignorância e fanatismo. No mais fica o dito para ser reescrito e ponto final.

Um comentário:

  1. O abismo entre a escola pública e a escola privada realmente ficaram mais claras. Parte da população refletiu acerca das verdadeiras dificuldades da escola pública e passaram a perceber que tais dificuldades estão fora dela... Está na falta de recursos mínimos para os estudantes e família desse, na falta de espaço adequado para ensino (geralmente são espaços barulhentos e compartilhados geralmente barulho de crianças menores: irmãos menores sob a responsabilidade do maior), dentre outros resultado da precarização do trabalho dos pais que passaram a ter jornadas de trabalho maiores e muitas vezes necessitando do auxílio do filho para poder alimentar os filhos que não estão indo à escola, visto que esse fazia 3 refeições lá. - Vejam só o tamanho do abismo: temos grande parte dos nossos estudantes fazendo suas refeições na escola... E não é por opção. Portanto, seria isso nossa maior diferença? Uns tem opção, já outros nem tem escolha.

    Obrigado pela reflexão querido Rimário

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