Repicar dos sinos anunciando a
procissão da bandeira que bandeirava a partida da festa sagrada de São Miguel e
Bom Jesus, rezas e evocações a Deus para que a terra das antigas gameleiras
continuasse sendo abençoada também pelos seus padroeiros, trem com barulho
ensurdecedor pequeno, mas marcante, carrossel com cavalos iluminados e
poltronas para mães e pais preocupados com o cavalgar dos mais modernos dentro
do mesmo brinquedo de cavalos, carrinhos com faróis pequenos, mas iluminados
pelo olhar das crianças que faziam fila para andar em círculo nos mesmos, Banda
Novo Século executando o dobrado Saudades da Minha Terra e as senhoras
aplaudindo os acordes de lembranças do setembro passado, de uma festa que reunia
todas as famílias e aquecia a economia da Santa Cruz de São Miguel e Bom Jesus.
Antigos moradores de Santa
Cruz do Capibaribe retornando para sua terra apenas para participar de uma
noite especial em sua homenagem, e também para ver a procissão com sua carga de
fé e coragem do povo trabalhador de Santa Cruz do Capibaribe, barracas com
comidas diversas alimentando também a matéria, bebidas e atrações populares no
palco para contribuir com o processo de encontro da sociedade da terra das
confecções e cidades circunvizinhas.
Tudo isso em uma avenida de
nome relativamente conhecida, Avenida Padre Zuzinha, a mesma da Matriz do Bom
Jesus e São Miguel, a mesma dos casarões antigos que nos remetem ao passado, a
mesma que foi marcada pelo centenário da Paróquia com desfile Histórico, a
mesma que sentiu a degola de São Miguel, seu corpo foi arrastado para a 29 de
dezembro, sua cabeça ficou na igreja, que força política nenhuma é capaz de
destruir, a Cruz do Senhor foi despedaçada, e seus pedaços atingiram em cheio o
coração do povo da Avenida Padre Zuzinha que sabe a importância das palavras,
tradição, família, respeito e fé, esses por sua vez, apenas devem agradecer ao
poder Municipal o presente dado no ano do Centenário, e torcer para que nos
duzentos anos, isso seja lembrado como marca do enterro do povo sabedor da
importância da festa de Setembro em 2018. No mais fica o dito para ser
reescrito e ponto final.
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